Injeções de Botox no rosto têm a capacidade de amenizar não apenas as rugas, mas também a depressão, diz estudo.

É notório que a própria imagem, as expressões faciais e a postura corporal influenciam os sentimentos, as emoções e o humor em geral. O dermatologista Eric Finzi e um grupo de pesquisadores da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, acabaram de reforçar essa relação entre o físico e o emocional.

O estudo mostrou que a toxina botulínica (ou Botox) pode ser um aliado no tratamento da depressão. Oitenta e quatro pessoas diagnosticadas com depressão e que não conseguiam se curar pelos métodos convencionais, à base de antidepressivos e terapia, foram divididas em dois grupos. Metade foi tratada com aplicações de Botox na face, metade com um placebo composto de uma solução de soro fisiológico.

Seis semanas depois, 27% dos pacientes que haviam sido injetados com Botox sentiram-se significativamente melhor, em comparação com apenas 7% dos pacientes que utilizaram o placebo.

A pesquisa mostrou um outra fato relevante: uma queda de 50% no índice de tristeza do grupo que recebeu a toxina, comparado com 21% dos que receberam placebo.

Para os pesquisadores, a toxina botulínica é capaz de agir na comunicação das vias nervosas da face com o cérebro, interagindo na expressão de sentimentos de raiva e tristeza.

Existe uma relação entre as expressões faciais e as emoções. Mas o Botox pode mesmo combater a depressão?

Dessa forma, o Botox ajuda a inibir essas expressões, atuando na melhora dos sintomas da depressão.

Mas tem de ponderar o seu entusiasmo. As pesquisas estão no estágio embrionário e são necessários ainda mais estudos, para poder comprovar, de forma irrefutável, que o Botox pode ser um aliado no combate contra a depressão.